O homem primitivo em meio a natureza e a outros animais não conseguia viver como um ser irreal, com uma liberdade castrada, ele precisava buscá-la e tornar-se um "ser total". Sua liberdade será , diante dessa busca uma " liberdade social" ou seja, vai sendo adquirida a partir do momento em que o homem começa a trabalhar. Com o trabalho ele passa a dominar, construir, transformar a matéria em formas, sendo o seu instrumento de trabalho as mãos.

"...O instrumento do trabalho é uma coisa ou um complexo de coisas que o trabalhador coloca entre si e a anatureza sobre o qual se exerce o seu trabalho; é o condutormda sua atividade..." (MARX, 1867 Aapud Fischer, 1959,p22)

O homem diante da necessidade da busca dessa liberdade criou e adaptou instrumentos para seu trabalho e essa descoberta de poder "fazer/resolver" nada mais foi que a raiz mágica da arte.Ao deparar-se com pedras de vários tamanhos e formatos começou a manejá-las e descobriu com suas mãos que poderia alterar suas formas e torná-las um instrumento eficaz para seu propósito.

Com essa capacidade de criação, o homem cria formas, buscando através destas dar vida a uma necessidade diversificada, seja material, seja espiritual. A retratação dessas necessidades estava ligada inicialmente ao seu lado espiritual - os desenhos rupestres - só com o processo da sua evolução, do seu autoconhecimento é que começou a criar objetos de barro para sua melhoria de vida e para seu conforto.

Os objetos criados nesse momento  não são "arte", porém ao longo da história  passam a ser observados como objetos estéticos -formais e históricos por outros homens que não foram seus criadores. O homem nesse momento da história produziu  o objeto com a intenção de suprir uma necessidade e sem perceber expressou neles seus sentimentos e uma visão do momento em que estava vivendo.

Fonte de Pesquisa

MARQUES,Isabel Azevedo; ONG: A ARTE AMPLIANDO POSSIBILIDADES. São Paulo: CEMPEC, 2001, 2Ed.;

FISCHER, Ernest. A NECESSIDADE DA ARTE. São Paulo: Circulo do Livro S. A. 1959;

Por:Kátia Castro/Julho 2013